Motivado por dúvidas e pela insatisfação que rondam pais,
professores e estudantes quanto ao Novo Ensino Médio, o deputado estadual Rafa
Zimbaldi (Cidadania-SP) protocolou nessa 4ª feira (19/4) um requerimento de
informação solicitando ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos)
esclarecimentos sobre o tema.
Outro documento de autoria
do parlamentar convida o secretário de Estado da Educação, Renato Feder, via
Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp),
para explicar, na prática, quais alterações estão previstas na grade curricular
de mais de 3 milhões de alunos da rede de ensino.
Após aprovação do documento em Comissão, Tarcísio de Freitas
terá até 30 dias para responder aos questionamentos de Zimbaldi. O secretário
Renato Feder terá o mesmo prazo regimental para confirmar sua presença na
Alesp. É esperado que questões como carga horária, definição de itinerários
informativos e alinhamento ao edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
sejam esclarecidas à Alesp.
Segundo divulgado na Imprensa, a intenção do Governo do Estado de
São Paulo é implementar o Novo Ensino Médio já no segundo semestre deste ano.
Atualmente, uma em cada cinco escolas estaduais oferece até dois itinerários
formativos, que, no terceiro ano do ensino médio, responde por 71% da carga
horária.
Com a mudança, em tese, estudantes e professores vão conviver
diariamente com a superficialidade de conteúdo, conforme sinaliza com
preocupação Zimbaldi. O deputado também destaca que a reforma pode fazer com
que inúmeras disciplinas se concentrem e sejam distribuídas entre poucos
professores que, em muitas das vezes, não têm especialização em todas as
searas:
"A comunidade escolar ainda aponta para a falta de
estrutura das escolas, uma vez que muitas unidades não têm laboratórios,
Internet, ou sequer preparo do corpo docente para a integração de novas
tecnologias em disciplinas específicas. O Novo Ensino Médio drena disciplinas
regulares. Elas foram substituídas por matérias temáticas dos itinerários
formativos. Por isso tudo, queremos saber melhor sobre os planos do Estado para
essa demanda", justifica Zimbaldi.
Ao todo, cerca de 400 mil estudantes da rede estadual
paulista estão no último ano do ensino médio. Estes estudantes serão os
primeiros do País a concluir a etapa com o novo currículo.
Para o deputado do Cidadania, professores e alunos paulistas não
querem a revogação do Novo Ensino Médio, mas, sim, discutir o aperfeiçoamento
do modelo atual e corrigir eventuais problemas. Um deles, de acordo com o
parlamentar, recai no impacto que a redução da carga horária de disciplinas
como Química, Física, Biologia, História, Geografia, Filosofia, Matemática,
Português causará no aproveitamento escolar:
"É importante que os alunos tenham acesso ao
conhecimento voltado à estratégia e à criatividade, por exemplo, sobretudo
quando falamos em prepará-los para o mercado de trabalho. Porém, é preciso
equacionar a grade curricular, para que não haja vazão de aprendizado de
disciplinas básicas", concluiu Zimbaldi.
Assessoria de Imprensa
Fiamini - Soluções Integradas em Comunicação - a serviço do Gabinete do deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP) (Foto: Alesp)
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