A manhã da última quarta-feira, 24 de setembro, foi marcada pela deflagração da segunda fase da Operação Calliphora – denominada “Pour On” – que investiga fraudes em contratos de limpeza pública da Prefeitura de Pirassununga. A ação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) – Núcleo Ribeirão Preto, com apoio da Força Tática do 36º BPM/I.
Ao todo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em nove endereços, além da prisão temporária de cinco investigados em cidades de São Paulo e Minas Gerais. Em Pirassununga, uma mulher de 50 anos, funcionária pública, e um homem de 60 anos foram presos em suas residências, localizadas na zona norte da cidade. Outras três casas também foram alvo de buscas.
De acordo com o GAECO, o grupo criminoso fraudava licitações desde a fase inicial, manipulando editais para restringir a participação de concorrentes. Durante o processo licitatório, empresas eram aliciadas e recebiam vantagens econômicas para desistir da disputa. Após a adjudicação, havia adulteração na execução dos contratos, gerando lucros ilícitos que eram distribuídos entre os envolvidos.
Na primeira fase da operação, já haviam sido denunciados o então prefeito de Pirassununga, dois secretários municipais, uma advogada e um empresário. Nesta nova etapa, os alvos incluem gerentes da empresa central investigada, empresários ligados a empresas de fachada, responsáveis pela elaboração de termos de referência que direcionavam as licitações, um consultor jurídico e outros agentes públicos suspeitos de envolvimento no esquema.
O Juízo da 2ª Vara da Comarca de Pirassununga também determinou o bloqueio de bens e valores que somam R$ 16,7 milhões, atingindo os investigados e as empresas usadas na fraude. O caso corre em segredo de Justiça.
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